Finalmente chegou no Natal, época de celebrar a paz e a confraterniz.... A quem estamos enganando? Queremos presentes! É hora de sair do quarto correndo, chutando portas rumo a árvore de natal, e ver se finalmente recebemos aquele video-game que tanto imploramos ao Papai Noel.
Infelizmente, nunca tive a sensação "Nintendo SIXTY-FOOOOUR" de abrir um embrulho de presente e me deparar com o game que tanto queria. A vida me deu tapas na cara desde cedo, e me obrigou a ter de trabalhar para comprar as regalias que tanto sonhava.

Seguindo a tradição natalina da N-Party, venho neste mágico dia contar-lhes um breve conto de um garoto (este que vos fala), recém efetivado em uma grande (e malígna) empresa, que juntou seu suado salário de estagiário para comprar seu Nintendo Wii. Sentem-se, crianças, que lá vem história!

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Em uma terra não muito distante, um video-game mágico chamado "Nintendo Wii" prometia a diversão daquele de quem o possuí-se. Tal artefato mágico foi disponibilizado em algumas lojas e vendas regionais, porém, a preços alarmantes. A única forma de adquiri-lo a um preço razoável seria através de lojas localizadas nos perigosos calabouços do centro da cidade de São Paulo, lugar onde poucos se atrevem a pisar.
Para tão perigosa busca, foram selecionados os mais renomad... Ahh, quem eu estou querendo enganar? Foram eu e mais 3 amigos que não tinham nada pra fazer.


O caminho até o centro de São Paulo é perigoso e longínquo, necessitando do uso do temível transporte de massa, o "Busão", carregando diversos seres do submundo em seu interior - que se aproveitaram para caçoar das vestes de Átila, que usava suas roupas góticas, próximo do que seria o Neo do Matrix, perdendo alguns pontos de carisma.


O centro da cidade possui uma série de vendedores ambulantes, disponibilizando pequenos ítens a venda - em algo mais próximo do que seria o centro de Prontera.


A busca pelo Wii sagrado foi incessante. Nenhuma das lojas possuiam o artefato original - apenas cópias clássicas de Wiimotes disparadores de balinhas, e outras cópias dos video-games da Dynavision.
O pior entre tudo foi ter de ouvir, a cada esquina, ataques verbais de camelôs, direcionados a Átila, o padre - "olha lá, o cara do Matrix!", "sai desse corpo que não te pertence!", "pai, que p@#$% é essa?".

Em muitas das vezes, nos encontramos em multidões de seres mal-cheirosos, pronunciantes de línguas indecifráveis, e adoradores do prato típico da região: milho cozido no pratinho.

Utilizando suas habilidades orientais, Adriano, o japonês, nos guiou a um beco escondido entre as planíces da Santa Efigênia, e em algumas jogadas de check, conseguiu encontrar um caminho solitário entre corredores secretos. Este caminho nos guiou a uma dos mais incríveis locais das terras ermas da Santa Efigênia (dos quais não podemos divulgar, porque ninguém esta nos pagando!).



Em meio a desgraça alheia das ruas da Santa Efigênia, a loja ofereceu conforto e um copo de água para seus viajantes. Rodeada por jogos e consoles, a loja me pareceu o santuário de proteção para nerds e geeks bobos, feito eu.
E finalmente, depois de uma longa e incessante busca, encontramos o que procurávamos: a loja vendia o Nintendo Wii a um preço justo e camarada, onde trocaram todos os putos do meu bolso pelo meu esperado console. 1000 xp para cada um!


Depois disto, bastou os heróis voltarem de volta para suas casas, com o c% na mão para não serem assaltados.

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A mensagem moralista do He-Man que quero passar com esta história é a seguinte: Deixem de esperar ganhar as coisas das pessoas, e se tornem mais independentes. Trabalhar e ralar para conseguir seus próprios pertences tornam cada coisa mais especial. Meu Wii foi o video-game que eu realmente pude chamar de "meu", e isto o torna muito mais mágico do que ja é. Neste Natal, se preocupe em estar ao lado das pessoas que ama, e não com espirito capitalista que a sociedade empurra em suas guelas.

A N-Party deseja a todos um feliz natal, com muita saúde, paz e alegria.