[Review] Fire Emblem: Awakening
Por André Aranovich
Depois de uma grande demora, finalmente chegou em solo americano um novo capítulo da série Fire Emblem para o Nintendo 3DS. A série de RPG Tático da Nintendo mostra mais uma vez todo seu resplendor quando o tema é sobre como impressionar o comprador.
Logo no início do jogo é mostrado algo inédito na franquia, podemos criar nosso próprio personagem para participar da história. As variedades de visual são minimas. mas ter um avatar que nos representa em meio as grandes batalhas que estão por vir é muito prazeroso. Após a criação do personagem somos lançados em uma bela cena feita em CG. Todas a CGs desse jogo estão espetaculares, em gráficos animes mais voltados para o tridimensional, impressionam bastante pela fluidez do movimento dos personagens e a dublagem nas cenas são de ótima qualidade. Após a cena, o nosso personagem acorda e conversa com o protagonista, Chrom, príncipe do Reino de Ylisse. Com o clichê de ter amnésia o avatar do jogador começa a acompanhar o grupo de Chrom como o mestre das estratégias (Afinal, quem comanda tudo somos nós, não?) tentando proteger Ylisse. A história contem várias reviravoltas e surpresas que deixam a jogatina mais animada.
Se algo marca a série Fire Emblem, com certeza é a morte eterna. Nesse episódio existe o modo Casual, que faz com que os personagens que morreram na missão voltem ao final dela, encerrando o remorso daqueles que não gostavam desse sistema. Para quem quer a dificuldade de um Fire Emblem clássico existe o modo Classic. Com isso tantos os jogadores mais hardcores como os mais casuais podem se divertir com o título.
Os relacionamentos nesse jogo são de suma importância. Caso dois personagem estejam adjacentes na grade de batalha, ao iniciar uma luta eles se apoiarão, sempre que isso acontecer a relação deles melhora, e quanto melhor, maiores são os bônus. Esses bônus são ótimos, caso dois personagens tenham uma boa relação os atributos deles aumentarão e além disso eles poderão atacar em sincronia para causar mais dano em um único turno ou então um poderá defender o outro entrando no caminho do ataque adversário. Além dos personagens adjacentes, também pode-se encaixar uma unidade em outra para torná-la mais resistente, nessa forma os bônus que eles se concederiam por estarem lado-a-lado continuam.
Esse sistema de personagens adjacentes ou unidos abre uma gama extensa de estratégias que podem ser colocadas em prática. A variedade delas aumenta ainda mais quando o sistema de classes aparece. O jogo permite subir o nível dos personagens, quando um personagem chega no nível 10 ele pode usar um item para mudá-lo de classe. A classe pode ser alterada para outra que não possui relação com a atual (Um cavaleiro virando um ladrão, por exemplo) ou aprimorando a mesma (Um cavaleiro virando um cavaleiro real). Os atributos do personagem se mantém mas as armas que ele pode carregar são alterados e ele recebe novas habilidades. Todos esses sistemas se unem de uma forma muito natural e o aprendizado é gradual. A quantidade de formas de derrotar o mesmo oponente é altíssima, e cabe ao jogador ponderar todas essas escolhas. Caso o modo escolhido tenha sido o Classic, uma escolha errada pode custar a vida de uma tropa.
O peso de perder um personagem é grande, cada membro da sua equipe possui uma personalidade própria. No decorrer do enredo só os personagens principais são destacados, mas existe um modo, "Barrack", no qual é possível ouvir conversas ou monólogos de cada membro e ver a evolução da relação deles. Essas conversas são mostradas de acordo com o relacionamento dos personagens, que é diretamente influenciado pelas escolhas estratégicas no sistema de duplas. Caso dois personagens de sexos opostos enfrentem várias batalhas juntos, no final eles podem se casar e até deixar descendentes que entrarão para a equipe futuramente.
Além da história principal, é possível realizar algumas pequenas side-quests que adicionam novos personagens ao pelotão principal. A presença de DLCs também é interessante. Os fãs da série poderão ver rostos consagrados em história paralelas que são compradas por uma pequena quantia. Nada nos DLCs é obrigatório, mas o conteúdo não deixar de ser interessante. Há também um modo pelo StreetPass em que é possível enfrentar o exército de um amigo ou recrutar o personagem dele, nada interessante mas não deixar de ser um bom adicional. O modo multiplayer é unicamente cooperativo, onde dois jogadores enfrentam unidades controladas pelo computador.
Com uma ótima história, sistema de batalha amplo e empolgante, Fire Emblem: Awakening é o primeiro jogo realmente obrigatório do ano para os donos do Nintendo 3DS. Um jogo muito realmente divertido e trabalhoso, que trás uma grande sensação de sucesso a cada capítulo ultrapassado.
Prós
√ História
√ Sistema de Batalha
√ Relacionamentos
√ DLCs
Contras
X Falta de um modo competitivo, mas não que realmente precise