Nintendo - 03/06/2016

E3 2016: O que esperar de The Legend of Zelda


Quando a Nintendo anunciou seus planos para a E3 2016, muitos ficaram com um pé atrás. O novo The Legend of Zelda, anunciado para Wii U e NX, será o foco do evento – e até então, o único game a ser mostrado pela empresa. E então vem a questão: podemos esperar tanto de Zelda, a ponto de o jogo conseguir segurar sozinho as pontas na E3?

Em expectativa, Zelda sempre manejou grandes resultados. Em 2009, bastou uma imagem de Link e uma personagem misteriosa para tirar grande parte da atenção de outros anúncios que apareciam na conferência. O jogo viria a se tornar Skyward Sword, que seguia uma direção um tanto diferente do que aquela imagem sugeria.

Antes disso, a Nintendo levou o público à loucura com o vídeo de anúncio de Twilight Princess, em 2004. Era o que os fãs estavam esperando: um novo passo no mesmo caminho que Ocarina of Time estava. Mas o que a companhia busca com o jogo de Wii U/NX é justamente o contrário: um estilo inédito.

Um novo jeito de jogar The Legend of Zelda
De acordo com o próprio Eiji Aonuma, a cabeça por trás do desenvolvimento da franquia atualmente, o que a produção tem esperado é que tenhamos um nível de revolução semelhante ao que Ocarina of Time teve em 1998. Porém, devemos esperar algo bem diferente do clássico do Nintendo 64. Em entrevista para a Famitsu, Aonuma declarou que esse é o jogo que muda o tempero da série para algo completamente distinto:

Eu penso que a base do nosso tempero secreto sempre foi Ocarina of Time. Mas dessa vez, a mudança do sabor será como passar de comida japonesa para o estilo de comida ocidental. Talvez os jogadores fiquem bem surpresos.

E o que isso significa? Bem, talvez estejamos prontos para ver uma nova abordagem do mundo de Hyrule. Estamos acostumados a um esquema de progressão linear nas histórias dos jogos. Link precisa atravessar uma certa dungeon para adquirir itens que o ajudarão a prosseguir ao próximo desafio, e assim até o final. Aparentemente, o que veremos é algo novo, mas também com um toque no passado. Aonuma usou o primeiro jogo da franquia como referência, em que você podia estar andando pelo mapa e inesperadamente encontrar uma caverna.


E o mapa é algo que tem gerado muita ansiedade. Tirando inspiração de sucessos recentes como Skyrim, a equipe de Zelda quer que o novo jogo seja a experiência mais livre que já tivemos na série, com um mundo enorme para explorar e sem a necessidade de seguir essa progressão específica na aventura.

O que devemos ver?
Já costume ao longo dos últimos anos, a transmissão da Nintendo Treehouse é o lugar para ver os jogos em ação. E sem uma apresentação digital ao estilo do Nintendo Direct, Zelda tomará o controle do evento. Embora não tenha sido confirmado o quanto veremos no jogo, um comunicado teria sido passado para algumas mídias de que seriam duas demonstrações, exigindo cerca de 90 minutos do tempo da imprensa.


Normalmente, as apresentações de Zelda em E3 são direcionadas para as mecânicas de jogo, sendo raros os casos em que o enredo foi foco das atenções. Em 2005, a Nintendo apresentou Midna e o Wolf Link em Twilight Princess, dando mais detalhes em relação ao que veríamos acontecer no game. Mas aquela já era a segunda aparição do jogo em uma E3, sendo que ele ainda voltaria a surgir no ano seguinte.

Graças ao longo tempo dedicado ao jogo, certamente teremos um bom parâmetro de como será o enredo do game. No anúncio de 2014, vimos não mais de 2 minutos de imagens – que ainda não ficou claro se estávamos assistindo a uma cutscene ou o jogo já em ação. De qualquer jeito, a tradição deve ser mantida, de modo que a explicação de gameplay deve ser o foco.

Podemos ter grandes esperanças?
A resposta é sim. A Nintendo nunca realmente errou com The Legend of Zelda, e o número de atrasos do game apenas evidenciam o comprometimento da empresa em entregar o melhor produto. Com anos de desenvolvimento, a essa altura podemos aguardar muito conteúdo sendo mostrado. Se com aquele vídeo curtinho já fomos impressionados, não há porque duvidar que a demonstração do game vai nos empolgar.

Porém, existe um risco na adaptação da série a um estilo mais livre. Nunca é simples mudar, e franquias já caíram por tentar fazer o diferente. Mas esse é um cenário pessimista, para manter nossos pés no chão. Ocarina of Time foi um passo de evolução fenomenal, e não temos que temer a mudança.

Apesar de muito aclamado, Skyward Sword teve sua linearidade criticada, o que é um modelo que tem se desgastado um pouco com o tempo. A Link Between Worlds, do 3DS, foi um leve respiro do esquema de dungeons tradicional, devido ao método do aluguel de itens. Mas se as promessas de Aonuma, Shigeru Miyamoto e toda a produção do jogo forem verdadeiras, então apenas aguarde o que inesperado.

Não saia daqui sem recordar as primeiras imagens que tivemos do novo Zelda, quando ainda tínhamos o sonho de um lançamento em 2015:

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