Nintendo - 12/03/2016

Review: Fire Emblem Fates Conquest


Fire Emblem Fates foi concebido após o sucesso de FE:Awakening, e isso explica muita coisa. Com Awakening a série ficou mais "fácil" e colocou o sistema de casamento que acabou virando o centro do jogo para uma nova leva de fãs. Nesse momento havia uma pequena separação entre fãs de Awakening e do resto da franquia. A Intelligent Systems criou, com o surgimento desse problema, dois jogos contando a mesma história de lados diferentes: Um mais fácil, com missões mais simples e um sistema para subir o nível dos personagens à vontade. E outro, com missões mais complexas e cenários mais punitivos, além de limitar a maioria dos recursos. Esse é Fire Emblem Fates. O lado que abordaremos (e o que eu escolhi para ser minha entrada no mundo de Fates) é o reino de Nohr, presente na versão Conquest do jogo e feito para os veteranos.


Acho que a primeira coisa que deve ser abordada é:  Fire Emblem Fates Conquest vale a pena? A resposta disso, sem pestanejar, é sim. Conquest consegue se manter como um jogo sozinho em questão de conteúdo. São diversos capítulos, uma boa quantidade de personagens para recrutar - apesar de a maioria entrar no pelotão automaticamente - e um sistema de batalhas sólido. Agora na parte da história, Conquest deixa a desejar, já que são mantidas várias perguntas em aberto, tanto para Birthright quanto para Revelations responderem (espero eu).

Fates resolve um problema que havia em Awakening que desbalanceava bastante o jogo: antigamente os inimigos adjacentes não conseguiam se unir para atacar ou defender, deixando sua equipe com uma segurança muito maior para realizar ações. Agora a união pode ser feita pelos dois lados, ou seja, sair em disparada contra um grupo fica mais difícil, e ser flanqueado fica ainda mais mortal.



A dinâmica das batalhas também se alterou graças aos novo sistema de "Dragon Vein", onde personagens vindos da realeza podem realizar ações em lugares específicos do mapa para que ele mude. O potencial dessa função não foi plenamente explorado, normalmente sendo usado para travar os inimigos em certos pontos. Como em Conquest toda ajuda é válida, nos mapas que está presente esse sistema o ritmo do jogo altera-se bem, o que é muito bem vindo ao longo dos vários capítulos. Evitado que o jogo caia na mesmice.

Outra mudança interessante aconteceu nas armas. Até o lançamento de Fates todas as armas tinham uma quantidade "X" de vezes para serem usadas, aí elas quebravam. Logo, as armas melhores não tinham pontos negativos, além de serem mais caras ou únicas no jogo. Agora as armas são infinitas, mas tem seus prós e contras. "É bom causar mais dano mas ter uma chance de errar maior? E se eu aumentar meu dano e chance de acertar mas sofrer uma penalidade nos atributos?" São perguntas que acontecem com frequência durante o jogo.


Em qualquer jogo de estratégia a parte mais essencial, que considero, é a ponderação de decisões. Os recursos limitados, escolha de armas, utilização do cenário, personagens a utilizar, e enfim o modo de como terminar o mapa em questão. Conquest traz tudo isso com excelência. A menos que a história seja o maior motivo para se jogar um jogo, Fire Emblem Fates Conquest merece aquela conferida.

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