Nintendo - 24/12/2015

Crônicas de Natal: Super Mario RPG

Por Rui Celso


Olá, caro leitor. O Natal está chegando, e junto com ele, o início de mais um ano cheio de novidades. Mario se tornou mascote da Nintendo desde a época em que ele ainda se chamava Jumpman.

A saga Paper Mario começou oficialmente no N64, entretanto, sua estréia se deve graças ao Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars, lançado para SNES. E para comemorarmos o "retorno" de um personagem da saga ao mundo dos games, vamos recontar a história pelos olhos de Mallow, companheiro de Geno.

Está pronto para embarcar nessa viagem? Então vamos lá!

Prólogo: Vamos atrás das Star Pieces!
Como eu (Mallow) estou lindo na foto! Tem uns feiosos aí, mas Photoshop era luxo em 1996. Aliás, existia Photoshop?

Olá! Eu sou Mallow, o sapo (tudo bem, eu sei que não pareço um sapo), um dos amigos de Mario em Super Mario RPG. Fui convidado pela equipe da N-Party para contar para vocês um pouco de nossa história dentro do SNES.

Quando conheci Mario, não tivemos muito tempo para conversar logo de cara. Eu estava chorando, pois um crocodilo idiota havia roubado o dinheiro que meu avô havia me dado. Mario me ajudou de muita boa vontade, e em agradecimento, me ofereci para acompanhá-lo em sua jornada. Embora eu ainda não soubesse o que ele estava fazendo, mas só de pensar que eu sairia daquele pântano já foi um alívio.

Quando surgiu um tempinho livre, Mario me contou o que havia acontecido: a princesa Peach estava descansando no topo de uma colina, quando aquela tartaruga asquerosa do Bowser apareceu e a raptou. Mario foi atrás dele em seu castelo, mas durante a tentativa de resgate, uma espada gigante chamada Exor, atacou-os e quebrou a Star Rod (poderosa relíquia que concede poderes ao usuário) em vários pedaços, transformando-as em Star Pieces. Após o ocorrido, Mario, Bowser e Peach foram arremessados para direções diferentes.

Eu jurava que era um enfeite no castelo do Bowser. Mas é o Exor!

Eu fiquei perplexo com a história. De onde raios surgiu essa espada? Bowser deve ter ficado muito enfurecido ao ver seu castelo sendo tomado por aquele monstro. E para a sorte (ou azar) de Mario, ele também ficou sem a princesa.

Mais do que nunca, eu tinha que ajudar Mario a saber o que havia acontecido com Peach. Onde exatamente ela estava? Droga! Estamos muito preocupados com ela. Com Bowser nem tanto, afinal, ele sempre foi um safado querendo raptar a princesa. Além desse problema, tínhamos que recuperar as Star Pieces para trazer de volta a Star Rod. Uma trabalheira danada!

Durante nossa aventura pelo reino, encontramos Geno, um boneco que ganhou vida após ser possuído por uma estrela. Sua magia de suporte em nossos status ajudaram muito! Claro que ele não é páreo para as minhas magias de ataque e cura, mas eu deixo ele levar o crédito desta vez.

Após encontrarmos Peach, ela resolveu nos ajudar nessa empreitada das Stars Pieces. Para minha infelicidade, o Bowser também. Ou você acha que ele deixaria barato o que aconteceu no castelo? Ainda sim, não confio nesse cara!

Revolucionando o passado
Fomos um exemplo de belos gráficos para a época de lançamento. Nossas paisagens, cenários, nós mesmos...tudo parecia ter sido pintado à tinta óleo. Éramos verdadeiras obras de artes! Já posso ficar ao lado da Mona Lisa.

Nunca havíamos experimentado um sistema de batalhas por turnos, muito menos um sistema de níveis. Mesmo com essa falta de experiência, foi fácil nos adaptarmos a isso. Nossos comandos são tão intuitivos e simples, que até mesmo o Baby Mario podia dar conta. Quer dizer, ele jogou uma vez mas Mario se irritou depois de levar tanta pancada.

Tínhamos a nossa disposição alguns itens especiais para usarmos em batalha, como por exemplo o casco vermelho e verde.

Nosso sistema de batalha era igual ao de Final Fantasy. Mas eu confesso que adorei!

Mas não pensem que nosso mundo não possui mistérios. Há aquelas coisas que eles chamam de side-quests (missões paralelas) para completarmos. Afinal, o que é um RPG sem uma aventura extra? Pelo menos foi isso que aprendi na escola dos sapos lá do pântano.

Infelizmente, não aproveitamos muito nossos minutos de fama. Nossa aventura era fantástica (ainda é, na verdade), entretanto, estreamos em 1996, ano de lançamento de Super Mario 64 para o sucessor do SNES, o Nintendo 64. Pela sua potência e novidade no mercado, nosso brilho foi ofuscado, fazendo com que poucos tivessem a oportunidade de nos conhecer.

A Squaresoft, a mesma de Chrono Trigger e Final Fantasy, tinha direitos autorais sobre nós. Afinal de contas, ela quem nos criou. Por este motivo, não fizemos parte da saga Paper Mario que estava por vir. Uma pena, pois eu adoraria me ver em formato de papel.

Eu poderia ficar aqui e contar mais para vocês, mas não posso. Não quero estragar a surpresa de quem for jogar nossa aventura. Vou tentar convencê-los mostrando um vídeo nosso aprontando nas gravações do jogo. Olha só:


Me despeço de vocês aqui, mas antes, gostaria de parabenizar meu amigo Geno, que será homenageado na série Super Smash Bros. Parabéns meu amigo!

Lhes darei uma carona para o Nintendo 64 muito em breve, onde você conhecerá o mundo de Paper Mario. Meu amigo Goombario estará lhe esperando. Podem ficar tranquilos, ele é muito inteligente, saberá explicar tudo em detalhes.

Um Feliz Natal a todos!

Você sabia?

Inimigos
Tivemos inimigos retirados da nossa versão final. Da só uma olhada:



Uma pena, pois eu estava doido para chutar o traseiro deles!

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