Corra com Diddy, Banjo e Conker em Diddy Kong Racing para N64!
Por Carlos Oliveira
Se você esteve ligado na N-Party nos últimos dias, com
certeza viu o grande “boom” que que
as novas DLCs de Mario Kart causaram no mundo dos ganes. O motivo disso é
óbvio, além de finalmente a Nintendo se despontar seriamente no ramo das DLCs
(antes ela havia tentado com Super Luigi U, que acabou virando um jogo próprio
e com Pikmin 3) a possibilidade de ter um Mario Kart atualizado com novas
pistas e personagens durante uma geração inteira é simplesmente incrível.
Então o retrô de hoje vai tratar de um jogo que começou com
uma fama de ser uma cópia de Mario Kart (com razão, pois muitas cópias
existiram e ainda estão sendo criadas), mas que se mostrou como um jogo
original e de excelente qualidade. Estou falando de Diddy Kong Racing, um
grande jogo para Nintendo 64.
A RARE no começo de seu ápice
Todos aqui estão cansados de saber que a RARE e a Nintendo
fizeram umas das parcerias mais produtivas para o mundo dos games de todos os
tempos. Começando com o divisor de águas que foi Donkey Kong Country até o seu
auge em Conker Bad Fur Day, foram todos grandes clássicos, mas sua consolidação
na história do vídeo game começou com dois jogos, Golden Eye e Diddy Kong
Rancing.
Repare que dois personagens famosos da RARE deram as caras primeiro em DKR!
Como eu disse nos primeiros parágrafos, DKR ao ser anunciado
foi encarado como uma cópia barata de Mario Kart, e convenhamos, as semelhanças
são gritantes, mas apenas quando o se joga é que vemos o imenso potencial deste
que se tornaria um clássico do N64
Macacos Voando!
Se Mario kart diversificou seus veículos apenas em sua
versão para o Wii, introduzindo as motos na série, DKR já em 1997 contava com
três veículos diferentes. Um kart, obviamente, um barco e um avião. A grande
sacada nesse ponto é que os três nos ofereciam jogabilidades diferentes. O
avião, por exemplo, podia passar facilmente por diversos obstáculos que os
karts tinham que enfrentar, mas fazer curvas com ele era algo bem difícil.
E essa diversificação pode ser vista também nas pistas.
Algumas delas só podem ser jogadas por um tipo específico de veículo, mas
existem algumas que dão suporte aos três, e estas possuem caminhos e obstáculos
diferentes para cada um deles, fazendo com que praticamente apenas um circuito
tenha seu trajeto triplicado, pois com cada veículo diferente um traçado
diferente pode ser jogado.
A história difere também dos jogos convencionais (tanto
porque dificilmente um jogo de corrida tem história), ela é a seguinte: Uma
ilha pacífica, chamada Timber's Island, foi invadida por um porco maldoso,
chamado Wizpig. Os moradores da ilha resolveram desafiá-lo para uma corrida.
Drumstick, o melhor corredor da ilha, perdeu e foi transformado num sapo pelos
poderes de Wizpig. Cabe agora aos moradores da ilha desafiar o porco do mal
para expulsa-lo de sua terra natal.
Ainda existe um ponto em DKR que o difere extremamente de
Mario Kart: o modo sigle player. Enquanto Mario Kart sempre teve seu foco no
multiplayer, DKR oferece um mapa a ser explorado e desafios dignos de games de
plataforma. Ele é muito mais completo e desafiador para se jogar sozinho do que
qualquer Mario Kart. Hoje isso é irrelevante, pois com o advento das partidas
online nunca se está sozinho, mas em 1998, quando a internet dava seus primeiros
pulsos, era algo a se levar em conta.
Sempre tenho saudade dos cartuchos do N64
Um grande clássico
DKR teve um caminho difícil até se consolidar. Foi taxado
como cópia e visto com muito preconceito. Porem provou por si só que era um jogo
único e de grandes qualidades. No mundo de hoje, onde o mercado de games é
tomado por uma enxurrada de continuações, nos falta mais jogos que possam se
provar como grades sem ter um legado do nome de uma série por traz.