[Retrô] Liberte a Galaxia do Sombrio Império em STAR WARS: Rogue Squadron
Por Carlos Oliveira
Ah! Os bons tempos do Nintendo
64! Como tenho saudades daquela época! Uma época mais simples, sem
preocupações! Embora tivesse obtido meu N64 um pouco tarde, isso não me impediu
de aproveitar muitos dos clássicos deste incrível console, um destes, vou
relembrar com vocês agora, e ele não nada mais nada menos que Star Wars Rogue
Squadron.
Que saudade dos Cartuchos!
Lembro como se fosse hoje: meu
aniversário de 15 anos estava chegando e eu estava com minha irmã perto de uma
locadora de vídeos decadente, a qual estava vendendo os jogos de diversos
consoles que havia locado por anos. E lá estava Star Wars Rogue Squadron, com
a nave X-Wing estampada na frente de sua caixinha. Eu como fã de Star Wars não
resisti ao ver o cartucho, e equipado de toda a minha cara de pau, pedi à minha
irmã que me desse aquele cartucho de presente de aniversário.
Sempre vou ser grato à minha
irmã, pois, naquele dia além do Rogue Squadron eu também ganhei 007 the World
is not Enough. Bons tempos.
Foi um grande aniversário!
Long time ago...
Rogue Squadron foi uma das
melhores experiências que eu tive no meu N64, até hoje ele é o único jogo que
fez travar meu console por aquecimento, após uma manhã e uma tarde inteiras
jogando. Mais por que tudo isso? Vou explicar nos próximos parágrafos.
O jogo possuía gráficos lindos
para a época, melhorados ainda mais com o auxilio do cartucho de expansão, o
deserto na primeira fase era extremamente extenso, e os cenários apenas
melhoravam com o passar das fases. Mas como todo jogo de N64, Rogue Squadron
sofria pela falta de texturas e de cutscenes devido ao pouco espaço no
cartucho.
A jogabilidade era primorosa, a
precisão na hora de pilotar as naves era muito grande, tamanha era a qualidade
que até hoje muitos jogos do gênero não se equiparam a Rogue Squadron. Quando
selecionada uma missão o jogo lhe permitia usar apenas a nave que ele indicava,
porem ao passar as missões posteriores, mais naves eram liberadas para as
missões antigas.
Isso tonava as coisas muito interessantes.
Por exemplo, na primeira missão o jogo disponibiliza a X-Wing para você
pilota-la, que permitia passar pela missão tranquilamente, mas, conforme o jogo
avançava, a poderosa V-Wing era liberada, esta possuía armas mais avançadas e capacidade
de manobra melhorada, o que facilitava muito a obtenção das medalhas de ouro.
Utilizando um código você pode jogar até com a Millenium Falcon, mas não vai conseguir nenhuma medalha com ela!
“Medalhas de ouro? Que medalhas
de ouro?” você deve estar se perguntado. Rogue Squadron recompensava com
medalhas as missões cumpridas, dependo dos objetivos traçados, como por
exemplo: precisão de tiro, inimigos abatidos, tempo gasto na missão, aliados
abatidos, etc. Essas medalhas abriam três novas missões extras ao fim do game.
A dificuldade do jogo era mascarada, pois, embora a jogabilidade fosse excelente,
conseguir as ultimas medalhas de ouro dispendia muitas horas livres e uma carga
dobrada de paciência.
A Trilha sonora contava com a
maestria dos temas de Jonh Williams. Com os grandes clássicos dos filmes
presentes em sua soundtrack e muitas músicas inéditas. Os efeitos sonoros e a
dublagem traziam uma imersão ao universo do jogo que apenas outros poucos jogos
haviam conseguido até então.
It's a Trap!
A historia do jogo segue paralela
aos filmes, passando por toda a trilogia clássica, como havia feito Shadow of
the Empire antes, e como é costumeiro na franquia de Star Wars, as histórias do
universo paralelo são melhores que a dos filmes (algumas, não todas). É muito
bom acompanhar a queda do Império Galático a bordo das naves mais incríveis de
toda a série. Por isso se tiver chance, além de jogo, leia os quadrinhos também,
são histórias muito bem feitas.
Rogue Squadron me remete a
tempos mais simples, onde a diversão era o que mais importava em um game, antes
de contarmos FPSs ou o quão Surround um jogo poderia ser. Os tempos das velhas
TVs de tudo (tá legal, disso eu não sinto saudade), foram bons tempos.
Rogue Squadron teve duas sequências
para GameCube, excelentes jogos inclusive, o segundo consegue até mesmo superar
o primeiro, e sempre aparece na lista de melhores jogos no console. Infelizmente
hoje, como a EA está produzindo o novo Star Wars Batlefront, a possibilidade de
um novo Rogue Squadron surgir em console da Big N é muito pequena, o jeito,
então, é tirar a poeira do velho N64 e relembrar esse grande clássico do fim
dos anos 90, e aguardar pelo lançamento de Star Wars Episode VII em 2015, até
lá: “Que a força esteja com você.”