Nintendo - 04/04/2013

[Retrô] [NGC] Animal Crossing


Animal Crossing é um jogo que surgiu logo no começo do GameCube e apresentava uma proposta um tanto quanto diferente e ousada. É um simulador onde você é o único humano, vivendo em uma cidade onde todos os moradores são animais, e apresentava gráficos fofinhos e um tanto quanto infantis. Em um primeiro momento parece um jogo descartável, mas é tão bem planejado e viciante que acabou por se tornar uma série de grande sucesso da Nintendo.



Animal Crossing é um simulador de vida. No jogo você tem contas a pagar, tem que escolher sua casa, mobiliar, comprar roupas, colher frutas, pescar, caçar insetos, cuidar de todos os moradores (são 15 quando a cidade está com lotação máxima) dando presentes, visitando, indo nas festas de aniversário, conversando com eles frequentemente evitando que eles te abandonem (sempre vai ter o seu preferido que um dia vai embora e destrói seu coração). Além disso, ainda tem os eventos específicos com dia e hora marcada, como halloween, virada de ano, mercados de pulgas, e as músicas que você pega do K.K. Slider todo sábado às 20h, um simpático cachorro músico (e uma das formas mais inteligentes de mostrar os créditos de um jogo que não acaba nunca).



É verdade, ele não acaba nunca, pelo menos o jogo em si não, uma hora ele acaba porque você percebe que não tem muito mais coisa nova pra fazer e vai abandonando aos poucos, mas até que isso aconteça, você já se envolveu profundamente naquele mundo e garantiu horas e mais horas (e mais horas e mais) de muita diversão. O jogo não contabiliza as horas jogadas, mas se o fizesse, com certeza daria pra ver claramente que é o jogo que qualquer entusiasta de Animal Crossing mais jogou.



O jogo é tão incrível, que ele usa um sistema complexo de códigos que permitem aos jogadores “enviar” objetos (frutas, móveis, roupas) para amigos que também tenham o jogo. Você vai até a loja, entrega o que precisa ser entregue e o jogo gera um código que você passa para um amigo e a pessoa não só recebe aquele objeto mas é dito que ela recebeu de você, indicando o nome do personagem e da cidade que você escolheu ao começar o jogo. Eles simplesmente fizeram um sistema de trocas em um console que não tinha conexão alguma à internet. Eram códigos enormes e chatíssimos de escrever, mas que rendiam bons resultados.



Um de seus principais atrativos é a conectividade com o GameBoy Advance, recurso que o GameCube utilizou pouco, mas quando o fez, soube fazer bem. Ligando seu GBA como segundo controle no Cube, você tem acesso a uma ilha, uma área que não pode ser acessada no jogo sem o portátil. Essa ilha é só sua, particular, e aparece na tela do GBA. Lá você encontrará bastante dinheiro para lidar com suas dívidas e um coqueiro, para poder colher os cocos, frutas que não nascem na cidade. Mas isso é apenas um luxo extra, nada que diminua a experiência de quem não tinha o portátil, até porque você pode conseguir o coco através de troca com amigos.



Mas acho que o melhor recurso do jogo era que, um dos objetos que você compra pra sua casa é um NES, e você podia jogar clássicos do console nele. Sim, você acessava seu NES e ele entrava no jogo, e o jogo estava lá, completo para você, diversos títulos clássicos. Estes jogos eram difíceis de encontrar, mas não impossíveis. Isso infelizmente nunca mais voltou nas edições futuras.



A jogabilidade é perfeita (é difícil achar um jogo de Cube cuja jogabilidade não seja, uma vez que ele tem um dos controles mais anatomicamente perfeitos da história), e apesar do sistema de tela, que se movimenta por quadrantes, ser chato no começo, logo você se acostuma e facilita na hora de localizar determinado lugar enquanto você ainda não se habituou ao layout de sua cidade.



Quando o jogo é iniciado, você apenas informa se é menino ou menina, escolhe o nome do personagem e da cidade. O desenho do rosto do seu personagem é escolhido randomicamente (e vai do mais fofo ao mais bizarro), o layout de sua cidade também é randômico, assim como a fruta inicial, que nascerá por toda a cidade e valerá menos ao ser vendida por existir em abundância, e essa é a parte legal de visitar cidades de amigos, para ver uma cidade com layuot, frutas e bichos totalmente diferentes.



Mas como se visita amigos se não tem conexão à internet. Bom, em Animal Crossing, para visitar um amigo, você precisa levar seu memory card e inseri-lo no slot B do GameCube do seu amigo, assim as cidades ficarão conectadas e você poderá visitá-lo.

O mais legal era que todas as cópias de Animal Crossing vinham com um Memory Card especial incluso, uma vez que o jogo utiliza 59 blocos, que é o tamanho de um memory de menor capacidade do GameCube.



Sua casa no jogo cresce a medida que você paga suas dívidas, e você pode até incluir um porão, que não pode ser decorado, mas é um excelente lugar para guardar entulho. E por ser um jogo desenvolvido pela própria Nintendo, entre os diversos itens que você pode adquirir para seu adorável lar estão ícones da empresa, como o logo do N64, o logo do GameCube, uma Master Sword, miniaturas das lojas que existem no próprio jogo, entre outras coisas especiais. Estes itens são raros e se você vendê-los na loja do Tom Nook não poderá comprá-los de volta. Não importa quanto dinheiro você acumule.



Por falar em Tom Nook, ele é um guaxinim (Tanooki...Tom Nook) mercenário, um dos personagens mais interessantes e peculiares do jogo. Tudo em sua vida gira em torno de dinheiro, ele que vende a casa para você, e inicialmente você precisa trabalhar pra ele pra pagar sua dívida. Depois que ele te libera dos serviços, tudo que você conseguir pela cidade (frutas, peixes, insetos, móveis) ele irá comprar de você. E é na loja dele que você irá achar os móveis que irão enfeitar sua casa e alguns itens de primeira necessidade, como pá, machado, rede para caçar insetos, etc.



Entre outros personagens que merecem destaque estão o prefeito Tortimer, uma tartaruga bem velhinha que só aparece em dias de evento (é ele que te dá as miniaturas das construções da cidade)...



...e o cãozinho K.K. Slider, que todo sábado te dá uma música para você poder colocar em algum aparelho de som que comprou na loja do Tom Nook e ficar ouvindo em sua casa enquanto relaxa.

http://media.tumblr.com/tumblr_lf24eiGSa81qc5rs0.gif


Animal Crossing foi lançado originalmente no N64, com o nome de Animal Forest, mas como essa versão ficou somente no Japão, a versão de GameCube é o primeiro que conhecemos aqui nas américas. O jogo acabou se tornando uma tradição e, assim como Mario Kart, tem uma versão para cada console desde então.

Animal Crossing - Population: Growing! é o jogo do GameCube.

Animal Crossing - Wild World saiu para o DS e fez um sucesso tremendo, provando que o lugar perfeito para este tipo de jogo de simulação é o portátil, uma vez que facilita o cumprimento de eventos com dias e horários específicos, você pode estar em qualquer lugar, tirar o DS do bolso, e acessar sua cidade.

Animal Crossing - City Folk para o Wii é um jogo complete, bonito e cheio de novidades, mas é considerado o pior da série, porque depois da liberdade que o jogo do DS proporcionou, voltar a ficar preso a um console foi de certa forma regredir.

Animal Crossing - New Leaf para o 3DS está para ser lançado nas américas em 9 de junho, mas já fez um sucesso estrondoso no Japão, e recebeu a maior nota de toda a série na revista Famitsu (39/40), quase uma nota perfeita.


Todas as versões são incríveis, cativantes e viciantes, mas revisitar a cidade do GameCube desperta uma nostalgia maior, afinal foi ali que tudo começou, naquele jogo simples, porém complexo, que se tornou uma referência em jogos de simulação em todo o mundo.

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Animal Crossing é um simulador de vida. No jogo você tem contas a pagar, tem que escolher sua casa, mobiliar, comprar roupas, colher frutas, pescar, caçar insetos, cuidar de todos os moradores (são 15 quando a cidade está com lotação máxima) dando presentes, visitando, indo nas festas de aniversário, conversando com eles frequentemente evitando que eles te abandonem (sempre vai ter o seu preferido que um dia vai embora e destrói seu coração). Além disso, ainda tem os eventos específicos com dia e hora marcada, como halloween, virada de ano, mercados de pulgas, e as músicas que você pega do K.K. Slider todo sábado às 20h, um simpático cachorro músico (e uma das formas mais inteligentes de mostrar os créditos de um jogo que não acaba nunca).



É verdade, ele não acaba nunca, pelo menos o jogo em si não, uma hora ele acaba porque você percebe que não tem muito mais coisa nova pra fazer e vai abandonando aos poucos, mas até que isso aconteça, você já se envolveu profundamente naquele mundo e garantiu horas e mais horas (e mais horas e mais) de muita diversão. O jogo não contabiliza as horas jogadas, mas se o fizesse, com certeza daria pra ver claramente que é o jogo que qualquer entusiasta de Animal Crossing mais jogou.



O jogo é tão incrível, que ele usa um sistema complexo de códigos que permitem aos jogadores “enviar” objetos (frutas, móveis, roupas) para amigos que também tenham o jogo. Você vai até a loja, entrega o que precisa ser entregue e o jogo gera um código que você passa para um amigo e a pessoa não só recebe aquele objeto mas é dito que ela recebeu de você, indicando o nome do personagem e da cidade que você escolheu ao começar o jogo. Eles simplesmente fizeram um sistema de trocas em um console que não tinha conexão alguma à internet. Eram códigos enormes e chatíssimos de escrever, mas que rendiam bons resultados.



Um de seus principais atrativos é a conectividade com o GameBoy Advance, recurso que o GameCube utilizou pouco, mas quando o fez, soube fazer bem. Ligando seu GBA como segundo controle no Cube, você tem acesso a uma ilha, uma área que não pode ser acessada no jogo sem o portátil. Essa ilha é só sua, particular, e aparece na tela do GBA. Lá você encontrará bastante dinheiro para lidar com suas dívidas e um coqueiro, para poder colher os cocos, frutas que não nascem na cidade. Mas isso é apenas um luxo extra, nada que diminua a experiência de quem não tinha o portátil, até porque você pode conseguir o coco através de troca com amigos.



Mas acho que o melhor recurso do jogo era que, um dos objetos que você compra pra sua casa é um NES, e você podia jogar clássicos do console nele. Sim, você acessava seu NES e ele entrava no jogo, e o jogo estava lá, completo para você, diversos títulos clássicos. Estes jogos eram difíceis de encontrar, mas não impossíveis. Isso infelizmente nunca mais voltou nas edições futuras.



A jogabilidade é perfeita (é difícil achar um jogo de Cube cuja jogabilidade não seja, uma vez que ele tem um dos controles mais anatomicamente perfeitos da história), e apesar do sistema de tela, que se movimenta por quadrantes, ser chato no começo, logo você se acostuma e facilita na hora de localizar determinado lugar enquanto você ainda não se habituou ao layout de sua cidade.



Quando o jogo é iniciado, você apenas informa se é menino ou menina, escolhe o nome do personagem e da cidade. O desenho do rosto do seu personagem é escolhido randomicamente (e vai do mais fofo ao mais bizarro), o layout de sua cidade também é randômico, assim como a fruta inicial, que nascerá por toda a cidade e valerá menos ao ser vendida por existir em abundância, e essa é a parte legal de visitar cidades de amigos, para ver uma cidade com layuot, frutas e bichos totalmente diferentes.



Mas como se visita amigos se não tem conexão à internet. Bom, em Animal Crossing, para visitar um amigo, você precisa levar seu memory card e inseri-lo no slot B do GameCube do seu amigo, assim as cidades ficarão conectadas e você poderá visitá-lo.

O mais legal era que todas as cópias de Animal Crossing vinham com um Memory Card especial incluso, uma vez que o jogo utiliza 59 blocos, que é o tamanho de um memory de menor capacidade do GameCube.



Sua casa no jogo cresce a medida que você paga suas dívidas, e você pode até incluir um porão, que não pode ser decorado, mas é um excelente lugar para guardar entulho. E por ser um jogo desenvolvido pela própria Nintendo, entre os diversos itens que você pode adquirir para seu adorável lar estão ícones da empresa, como o logo do N64, o logo do GameCube, uma Master Sword, miniaturas das lojas que existem no próprio jogo, entre outras coisas especiais. Estes itens são raros e se você vendê-los na loja do Tom Nook não poderá comprá-los de volta. Não importa quanto dinheiro você acumule.



Por falar em Tom Nook, ele é um guaxinim (Tanooki...Tom Nook) mercenário, um dos personagens mais interessantes e peculiares do jogo. Tudo em sua vida gira em torno de dinheiro, ele que vende a casa para você, e inicialmente você precisa trabalhar pra ele pra pagar sua dívida. Depois que ele te libera dos serviços, tudo que você conseguir pela cidade (frutas, peixes, insetos, móveis) ele irá comprar de você. E é na loja dele que você irá achar os móveis que irão enfeitar sua casa e alguns itens de primeira necessidade, como pá, machado, rede para caçar insetos, etc.



Entre outros personagens que merecem destaque estão o prefeito Tortimer, uma tartaruga bem velhinha que só aparece em dias de evento (é ele que te dá as miniaturas das construções da cidade)...



...e o cãozinho K.K. Slider, que todo sábado te dá uma música para você poder colocar em algum aparelho de som que comprou na loja do Tom Nook e ficar ouvindo em sua casa enquanto relaxa.

http://media.tumblr.com/tumblr_lf24eiGSa81qc5rs0.gif


Animal Crossing foi lançado originalmente no N64, com o nome de Animal Forest, mas como essa versão ficou somente no Japão, a versão de GameCube é o primeiro que conhecemos aqui nas américas. O jogo acabou se tornando uma tradição e, assim como Mario Kart, tem uma versão para cada console desde então.

Animal Crossing - Population: Growing! é o jogo do GameCube.

Animal Crossing - Wild World saiu para o DS e fez um sucesso tremendo, provando que o lugar perfeito para este tipo de jogo de simulação é o portátil, uma vez que facilita o cumprimento de eventos com dias e horários específicos, você pode estar em qualquer lugar, tirar o DS do bolso, e acessar sua cidade.

Animal Crossing - City Folk para o Wii é um jogo complete, bonito e cheio de novidades, mas é considerado o pior da série, porque depois da liberdade que o jogo do DS proporcionou, voltar a ficar preso a um console foi de certa forma regredir.

Animal Crossing - New Leaf para o 3DS está para ser lançado nas américas em 9 de junho, mas já fez um sucesso estrondoso no Japão, e recebeu a maior nota de toda a série na revista Famitsu (39/40), quase uma nota perfeita.


Todas as versões são incríveis, cativantes e viciantes, mas revisitar a cidade do GameCube desperta uma nostalgia maior, afinal foi ali que tudo começou, naquele jogo simples, porém complexo, que se tornou uma referência em jogos de simulação em todo o mundo.

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