Você que está lendo este artigo pode estar pensando: "O que a N-Party estaria fazendo em um evento de característica literária?". Isto se deve ao fato de ser incomum encontrarmos artigos ou obras literáricas sobre jogos de video games ou algo relacionado.

Com a missão de encontrar conteúdo de jogos eletrônicos na bienal (e ramelar bastante também), eu (Mario), Silas e Lobim fomos até a 21ª Bienal do Livro, aqui em São Paulo.

Venho aqui falar da facilidade de chegar ao evento. Através da estação de metrô Tietê, o visitante pode utilizar de um serviço de transporte gratuito até o local, em um ônibus do próprio evento. Nós, que estamos acostumados a ir para diversos eventos de anime utilizando os únicos recursos de transporte que a organizadora nos fornece, e tendo de pagar para o mesmo, além de pegar uma fila gigantesta, nos impressionamos com a rapidez do processo e com a facilidade de tudo. Além disto, a entrada à bienal é barata, e em alguns casos, gratuita.

Chegando ao local, nos deparamos com diversas estandes. Encontramos diversos livros interessantes e legais para públicos relacionados conosco.


E claro, como bons inúteis felizes que somos, nos surpreendemos com tecnologias que ja víamos há muito tempo.


Infelizmente, não tivemos muitas opções onde comer, apesar do lugar ser grande, mas com poucos lugares onde os preços são baixos. Acabamos optando por um dos antigos métodos de jovens pobres: a senhora "Elma Chips".


Apesar de nosso intuíto em encontrar um conteúdo gamer acessível, não pudemos deixar de correr atrás de um dos lançamentos mais esperados pelos jovens infames do Brasil: o novo livro da série Percy Jackson.


Enfim, conseguimos encontrar uma estande com os dizeres: "O melhor conteúdo de informática, tecnologia e GAMES". A estande da loja Digerati tinha muitas revistas com conteúdo para jogos eletrônicos. Infelizmente, sem nenhuma novidade, como está indicando seu slogan, baseando seu acervo de jogos apenas em revistas onde um CD de instalação de 500 jogos é acompanhado.


Bom, voltando à nossa ramelagem de sempre, enquanto procurávamos por mais acervos literáricos gamers, encontramos vários momentos para ramelar geral dentro da feira.



O ápice do evento foi encontrarmos celebridades dentro do mesmo. Não pude me conter ao saber que Ziraldo, o autor do Menino Maluquinho, estava em uma tarde de autógrafos dentro do evento. Enquanto comprava um Menino Maluquinho para o mesmo autografar, percebi um tumulto próximo, e me deparo com Maurício de Souza, criador da Turma da Mônica, dando rápidos autógrafos e entrando em uma sala V.I.P com uma agilidade que só viria em Naruto ou Dragon Ball.

Diante da possibilidade, comecei a tumultuar na porta, vendo que Maurício havia entrado em uma sala que apenas a imprensa mothafucker (vide Globo) tinha acesso. Enquanto o Silas esperava na fila, eu e Lobim começamos a ramelar na porta de vidro, de todas as maneiras possíveis, até que finalmente Maurício saiu, e consegui uma foto que guardarei para vida inteira.


E ainda esperamos pacientemente para falar com Ziraldo, que humildemente, me extendeu a mão ao nos ver entrar, e perguntou o meu nome. Infelizmente, como se deve esperar a qualquer um que escute o meu nome, a velha piada infame do "armário" veio à tona. Mas tudo valeu a pena, pois conseguimos tirar fotos com Ziraldo, e mais uma bônus, que enviamos para o blog Não Intendo, além do meu novíssimo livro do Menino Maluquinho autografado pelo autor. É necessário novamente falarmos o quão foi gratificante encontrarmos Ziraldo, um ícone brasileiro, que através de palavras e muita criatividade, conseguiu criar uma obra literárica infantil que se propagará por muitos anos!


Também encontramos Geraldo Alckmin e o Senador Suplicy, que informaram estarem cientes da campanha Jogo Justo, e prometeram contribuir com qualquer tentativa de abaixar a taxa tributária no país. Acompanhe a pequena "entrevista" no fim do artigo.

E de volta a nossa missão, encontramos uma estande, que apesar do tema infantil, estava com a possibilidade de uma jogatina gratuita de Wii.


E quando ja havíamos desistido de nossa missão, encontramos por fim, a estande da editora Europa, que estava escondida diante das demais. Esta, por fim, estava exibindo seus próprios livros e revistas, que por maioria, abordavam games. Devemos citar o livro "Os 100 melhores jogos", uma lista dos 100 melhores jogos da atualidade, que nos fez perder algum tempo do nosso dia lendo. Além disto, a estande contém diversas revistas da própria, temáticas de games, e conhecidas por nós, como a Edge e a N-Gamer.


Concluindo, não conseguimos achar muito material sobre jogos eletrônicos na Bienal, o que é uma pena. Infelizmente, encontramos mais livros abordando temas esdrúxulos (se é que esta palavra existe ¬L¬), como um livro sobre a biografia de Lady Gaga, do que livros com algum conteúdo de verdade.

É claro que as revistas de jornalísmo específico são uma realidade no país, e estas mostram que existe um público para algo um pouco mais complexo, como livros e outros artigos literáricos para o tema. Infelizmente, para nós gamers, isto deverá demorar um pouco á acontecer, e nos contentamos em pesquisar o assunto em blogs específicos, e grupos do mesmo, o que não é algo totalmente ruim.

E assim, fomos embora do evento, carregados de livros nerds, e com uma última foto no meio de uma galera totalmente desconhecida.


Acompanhe abaixo a matéria gravada. Só não espere muito de uma gravação feita por uma câmera celular, e uma editagem mais do que porca, feita por este que vos fala, com um auxílio do Snaw.