[Especial] A Evolução de Pokémon - 4ª Geração
Por Angelo Mota
Toda nova geração é a mesma coisa. Rumores, notícias pingando esporadicamente, fakes e muito, muito hype por parte dos fãs que esperam ansiosamente cada pequena notícia que é anunciada. Com a quarta geração não foi diferente, até porque era uma plataforma totalmente nova, com duas telas, um portátil poderoso, muita coisa podia acontecer, muita coisa podia ser feita. E foi.
Diamond Version e Pearl Version chegaram inaugurando uma nova geração, a geração DS, a quarta geração. A geração que levaria os Pokémons a um novo nível. A Geração Touch.
Bem-vindos a Sinnoh
O jogo se passa na região de Sinnoh e começa na pequena cidade de Twinleaf Town. No começo do jogo, você ouve uma notícia de que um Gyarados vermelho apareceu no Lake Verity, e quando vai verificar, é atacado por 2 Starly selvagens. Perto do lago está uma maleta com os 3 Pokémon iniciais.
Novos iniciais foram apresentados, assim como acontece em toda geração, e desta vez sua escolha era entre Piplup (água), Chimchar (fogo) e Turtwig (grama). Fazendo sua escolha, você agora pode lutar contra os Pokémon selvagens que apareceram. Após a batalha você volta para Twinleaf Town e então sua aventura começará de verdade, pois você poderá permanecer com o Pokémon que te ajudou na batalha inicial e terá que viajar por toda a região de Sinnoh em busca de novos monstrinhos para completar sua Pokédex e descobrir o mistério por trás do Gyarados vermelho.
Novos iniciais foram apresentados, assim como acontece em toda geração, e desta vez sua escolha era entre Piplup (água), Chimchar (fogo) e Turtwig (grama). Fazendo sua escolha, você agora pode lutar contra os Pokémon selvagens que apareceram. Após a batalha você volta para Twinleaf Town e então sua aventura começará de verdade, pois você poderá permanecer com o Pokémon que te ajudou na batalha inicial e terá que viajar por toda a região de Sinnoh em busca de novos monstrinhos para completar sua Pokédex e descobrir o mistério por trás do Gyarados vermelho.
Toda a trama de Diamond/Pearl gira em torno da criação do universo. Pokémons lendários responsáveis por criar e controlar o tempo, o espaço, toda forma de vida e até anti-matéria são apresentados nesse jogo, fazendo com que o jogador faça uma viagem de volta às origens de toda forma de vida Pokémon, descobrindo onde tudo começou.
O mundo ficou pequeno
Conectividade. Uma das palavras mais importantes para o Treinador Pokémon. Então chega de fios para jogar multiplayer. Ok, Pokémon Emerald já oferecia uma conexão sem fio no GameBoy Advance, mas no DS isso foi além. Sem geringonças plugadas no console, a conexão wireless ficou ainda mais interessante e natural.
E não parou por aí. Pela primeira vez a série principal se aventurava no mundo online, fazendo com que treinadores Pokémon de todo o mundo pudessem trocar seus monstrinhos e participar de batalhas online. O mundo Pokémon agora era um só e não existiam mais barreiras para a interação, tudo graças ao sistema wi-fi do Nintendo DS.
Através do Global Trade Station (GTS), os jogadores podiam realizar trocas de Pokémon com qualquer outra pessoa randomicamente, sem que ela precisasse estar cadastrada como seu amigo. Bastava você deixar um Pokémon e indicar qual você queria em troca. O sistema buscava outra pessoa que tinha o que você quer e queria o que você tem, e realizava a troca automaticamente. Depois era só ir lá e buscar seu novo Pokémon.
Dentro da GTS existe um globo gigante, chamado Geonet. Quando acessado pela primeira vez, você deverá indicar onde está, e sua localização será indicada por um ponto no globo. Novas marcações surgirão mostrando as localizações das pessoas com que você já realizou trocas. O GTS de Diamond/Pearl está em Jubilife City.
Mas você só podia procurar (e fazer um pedido quando oferecesse o seu) Pokémon que já tenha visto no jogo, limitando um pouco o sistema de trocas. De qualquer forma, foi uma ideia interessante de realizar trocas sem precisar ser apenas com seus amigos e/ou conhecidos.
Dentro da GTS existe um globo gigante, chamado Geonet. Quando acessado pela primeira vez, você deverá indicar onde está, e sua localização será indicada por um ponto no globo. Novas marcações surgirão mostrando as localizações das pessoas com que você já realizou trocas. O GTS de Diamond/Pearl está em Jubilife City.
Mas você só podia procurar (e fazer um pedido quando oferecesse o seu) Pokémon que já tenha visto no jogo, limitando um pouco o sistema de trocas. De qualquer forma, foi uma ideia interessante de realizar trocas sem precisar ser apenas com seus amigos e/ou conhecidos.
Ousadia...e nostalgia
Pouca coisa mudou graficamente da terceira para a quarta geração. Talvez em uma tentativa de manter intacto o estilo da série e não assustar muito os fãs, a geração DS recebeu muitas melhorias gráficas, mas sem fugir muito do padrão que havia consagrado a série. Vendo outros jogos de DS como Metroid Prime Hunters e até New Super Mario Bros., é fácil perceber que Pokémon já podia ter se aventurado no mundo dos gráficos 3D há algum tempo, mas a GameFreak preferiu guardar isso para o futuro e continuar no estilo dos jogos de GameBoy, que levaram a série ao estrelato. E funcionou, funcionou muito bem não só nessa quarta geração, mas também na quinta. Por mais que muita gente preferisse o mimimi e dizer coisas do tipo “não muda nunca, é sempre a mesma coisa”, os fãs sabiam que não importava a aparência do jogo, ele continuaria sendo o jogo divertido que aprendemos a amar durante todas essas gerações.
Mesmo que o estilo tenha permanecido de certa forma intacto, o DS era uma plataforma nova, e seria errado da parte da equipe de produção não fazer experimentos nos jogos novos, então em Diamond/Pearl os gráficos dos cenários são renderizados em 3D, apresentando um upgrade visual em relação às versões anteriores.
Mas apesar de poucas mudanças no estilo, muitas outras aconteceram no jogo, fazendo com que ele se distanciasse bastante da geração anterior e deixasse sua própria marca.
A Geração Touch
Foi a primeira vez que os monstrinhos tiveram duas telas para brincar. E isso facilitou muito a vida do jogador. Agora, na tela de baixo, os jogadores poderiam, durante as batalhas, utilizar grandes botões touch (realmente muito grandes, assim como deve ser, fáceis de acertar com o dedo enquanto segura o portátil) para selecionar seus golpes, simplificando a vida do treinador. Os botões, sempre muito coloridos, mostravam inclusive a cor de cada golpe, relacionando-os com seus tipos (fogo, normal, dark, etc). Afinal, Pokémon não foi feito apenas para quem conhece todos os monstrinhos e todos os golpes.
A tela touch facilitou em tudo na jogabilidade. Selecionar e organizar itens em sua bolsa, mover os Pokémon, verificar status, Acessar e manusear a Pokédex, entre outras coisas. Depois de algum tempo na jogabilidade touch, fica difícil imaginar outra forma de viver aquela experiência.
Mas essa tela extra não seria útil apenas nas batalhas, e serviria para criar uma série de gadgets que seriam aprimorados cada vez mais nas gerações seguintes.
O Pokétch (uma espécie de reloginho high-tech) oferecia a mais diversa variedade de funcionalidades que só a tela touch poderia proporcionar. Digital Watch, Calculator, Memo Pad, Pedometer, Pokémon List, etc. O principal deles talvez seja o Dowsing Machine, que permite que o jogador localize itens escondidos através de uma espécie de radar. Este é o aplicativo para se deixar rodando todo o tempo em seu Pokétch, utilizando os outros apenas quando se fizerem necessários.
Platinum Version
Dois anos depois do lançamento de Diamond/Pearl, a GameFreak liberou a tradicional terceira versão do jogo, intitulada de Pokémon Platinum. Assim como acontecia em todas as terceiras versões, a região é a mesma dos jogos anteriores, assim como a cidade inicial. Mas pequenas mudanças foram inseridas para que o apelo do terceiro jogo fosse suficiente para atrair os fãs. Além de pequenas mudanças de design na casa e roupa de alguns personagens, em alguns acessórios como a Pokétch, em ginásios e até na Elite, pequenas mudanças na história também foram inseridas para que o jogador se sentisse em uma nova aventura, mesmo que estivesse explorando a mesma região dos jogos anteriores.
O grande diferencial de Platinum está no Distortion World, o lar de Giratina. Uma área totalmente nova incluída no jogo para apresentar um diferencial de suas duas versões anteriores. No Distortion World, a renderização de gráficos em 3D do DS foi levada a outro nível se comparada ao que foi feito em Diamond/Pearl, mas ainda assim, muito abaixo do que o DS realmente era capaz de fazer. De qualquer forma, foi uma tentativa válida de trazer um material novo para a versão Platinum. Como o próprio nome diz, o Distortion World é um mundo que desafia as leis da física, afinal Giratina é o lendário responsável pelo controle da anti-matéria.
O mundo... embaixo do mundo
Diamond/Pearl e Platinum criaram um sistema incrível de obtenção de itens. A mineração. The Underground é uma área subterrânea que se estende por toda a região de Sinnoh e pode ser acessada pelos jogadores através de algumas passagens. Uma vez nesse mundo subterrâneo, você poderia escavar suas paredes e encontrar pedras preciosas, além de outros itens importantes como revive, max revive e até pedras para evolução e fósseis. O mapa é gigantesco e com muitos lugares para exploração. Sem dúvida uma das melhores adições da série, que infelizmente foi descartada nas versões seguintes.
Realizar a mineração no Underground era uma espécie de minigame. O jogador precisava encontrar os lugares certos para começar a mineração (pontos brilhantes na parede) e então escolher entre duas ferramentas: um martelo e uma picareta. Utilizando técnicas parecidas com o que é feito em Batalha Naval, você precisa encontrar as pedras e revelá-las por completo antes que a parede desabe. Caso consiga, todo o prêmio coletado é seu.
Uma geração não vive sem a outra
Obviamente a GameFreak não esqueceu do carinho que os treinadores nutrem por seus amados Pokémons e da dedicação que eles empenham em evoluir e cuidar de cada um deles, e apesar de estar em uma nova geração, em um novo portátil, com uma nova tecnologia, a transferência de seus monstrinhos da terceira para a quarta geração foi uma das melhores coisas que eles fizeram.
Essa transferência de Pokémon de versões anteriores ficou mais simples, e mais complicada. Mais simples porque você podia transferir seus próprios Pokémon dos jogos de GBA utilizando apenas o Nintendo DS, através do slot 2 (que é utilizado para rodar jogos de GBA no DS). Você mesmo realizava a transferência de seus próprios jogos de GBA para o novo jogo do DS, sem precisar da ajuda de um amigo. E ficou mais complicada porque você teria que fazer essa transferência através do Pal Park, um lugar em que você soltaria 6 Pokémon por vez do GBA e teria que recapturá-los para que eles passassem para seu cartucho de DS. Apenas 6 de cada vez poderiam ser liberados, e você teria que esperar um período de 24h para liberar outro lote de monstrinhos.
A transferência acontecia apenas no sentido GBA > DS e uma vez em Diamond/Pearl, não poderiam mais ser enviado de volta. Era definitivo.
Novidades que não acabam mais
A quarta geração apresentou muitas mudanças em relação à anterior. Entre ela, podemos citar:107 novos Pokémon foram adicionados na quarta geração, e agora eles eram em um total de 493. Me desculpe quem gosta só dos primeiros 151, mas esse número nunca parou de crescer e provavelmente nunca irá parar.
Eevee ganhou duas novas evoluções. Leafeon - Pokémon #470 tipo grama e Glaceon - Pokémon #471 tipo gelo.
Pokémon que nascia de ovo agora estava no nível 1, ao invés de nível 5 como acontecia nos jogos anteriores. E foi a primeira vez que se pôde obter um Pokémon em nível 1, de forma legal.
Cinco novas Pokébolas foram introduzidas no jogo.
Cinco novas Pokébolas foram introduzidas no jogo.
Na quarta geração foi a primeira vez que alguns Pokémon mudavam de aparência de acordo com o sexo. Isso foi se tornando cada vez mais comum nos jogos seguintes.
Além disso, a quarta geração foi a que teve o maior número de lendários. Azelf, Mesprit, Uxie, Dialgia, Palkia, Giratina, Cresselia, Darkrai, Manaphy, Phione, Heatran, Regigigas, Shaymin e Arceus.
Não tem como ficar citando cada ponto de novidade que a geração trouxe para a série, senão a matéria não terá mais fim. O fato é que, com o despertar de um novo console, e as funcionalidades que ele trazia com uma segunda tela (que ainda por cima era touch), a GameFreak soube aproveitar ao máximo suas possibilidades e trazer uma experiência que, mesmo que tenha sua cota de nostalgia gráfica, fazendo permanecer o estilo dos jogos anteriores, trazia tanta novidade que seria capaz de se distanciar o suficiente da última geração, para oferecer aos treinadores uma aventura totalmente nova e cheia de coisas para se descobrir, rica em quantidade, em qualidade, sem nunca perder o apelo carismático que poucas séries conseguem promover assim como Pokémon faz.
Não perca na próxima semana um artigo especial sobre a 5ª geração.