Nintendo - 24/06/2011

[Especial] 20 anos de Sonic


Dedicado a uma pequena ouriça de cabelo rosa, a maior fã de Sonic que tive o prazer de conhecer!

Em meados de 1991, a Sega necessitava de um personagem carismático, que competisse com o nosso conhecido amigo bigodudo da Nintendo, de uma forma que substituisse a  falta de Alex Kidd como mascote da empresa.
Pintado da mesma tonalidade de azul da marca Sega, e utilizando tênis inspirados em Michael Jackson, Yuji Naka criou o ouriço mais conhecido da história dos video-games, que hoje completa 20 anos de história.

Em seu primeiro jogo lançado para o Mega-Drive, Sonic The Hedgehog começou a ser desenvolvido por um grupo de 15 pessoas, que passaram a se nomear Sonic Team. Sua trilha sonora, nostálgica nos tempos de hoje, foi composta por Masato Nakamura e sua banda "Dreams come true".
Os primeiros Sonic a serem desenhados tínham uma aparência mais densa, onde Sonic possuía não só garras, mas uma banda e uma namorada chamada Madonna. Ao chegar nas mãos de Madeline Schroeder, da Sega of America, seus traços foram aperfeiçoados e removido as características que poderiam ser chocantes para o público infantil (4Kids mode: on)


O conceito em Sonic The Hedgehog era adaptar o level design à velocidade de Sonic. Sonic era um ouriço veloz, que devia lutar contra o Dr. Ivo "Eggman" Robotinik e sua tropa de robos (que quando quebrados, libertavam um animal raptado) afim de impedir o domínio do mundo.
Sonic não possuía a habilidade de nadar, assim como os ouriços de verdade. Em compensação, podia se transformar em uma pequena bola de pelos e espinhos, quebrando muros, paredes e objetos das fases.

Suas fases eram costituídas de diversos loops, decidas, rampas, molas e diversos outros artefatos, que faziam com que as fases fossem dinâmicas e imprevisíveis.
O mais cativante em Sonic The Hedhog é sua premissa simplória. O jogo promove ares livre de violência, com paisagens arborescas e muito colorida, tornando sua jogatina muito prazerosa.




Não é preciso falar que o jogo foi recebido de uma forma excepcional. Tanto que, posteriormente, passou a ser vendido junto com o console, fazendo com que o jogo fosse indispensável para o possuidor do Mega-Drive.

Suas sequências surgiram, surgindo novos personagens. Em Sonic 2, seu sidekick Tails "Miles Prower", criado por Yasuhi Yamagushi, aparece pela primeira vez, dando novos ares à série.
Tails originamente era um Tanooki, e não podia voar (possuindo uma velocidade igual a de Sonic). Logo, sua habilidade de voar foi adicionada, e seus traços de raposa foram surgindo, para evitar qualquer comparação aos jogos de Mario.
Tails acompanha os movimentos de Sonic pelo jogo, atráves de um sistema de IA quase que eficaz. Ao morrer, Tails sempre reaparecia voando pelo canto da tela, voltando ao lado de Sonic.




Pela falta de um rival para disputar com o herói, o terceiro título de Sonic trouxe o novo personagem Knucles the Echidna, uma espécie de porco espinho vermelho, possuidor de garras e com a habilidade de planar por alguns segundos.

Knuckles inicialmente achava que Sonic tinha a intenção de roubar a Master Emerald, enquanto Dr. Eggman tinha intenções de protege-la. Sendo assim, Knuckles passa a infernizar o herói no jogo.
Junto com Sonic 3, um novo jogo foi lançado, chamado de Sonic & Knuckles, onde os jogadores podiam jogar com Knuckes as fases de Sonic 2. Em fitas especiais, Sonic 3 possuía um suporte para encaixar a fita de Sonic & Knuckles, e assim poder jogar o título.

Após o lançamento de Sonic 3, o Sonic Team passou a lançar diversos títulos "spin offs" para Sonic. Entre eles, Sonic Pinball, onde o ouriço servia como bola, e Sonic 3D Blast, um jogo com sprites renderizadas em um 3D isométrico.

Lançado também para o Sega CD, Sonic CD foi lançado apenas no oriente, em uma aventura única ao mesmo estilo dos Sonics clássicos.
O jogo introduziu dois novos personagens: Amy Rose e Metal Sonic. A linha do tempo da história provavelmente se passa após os acontecimentos de Sonic 1, apesar de Sonic possuir a habilidade de Spin Dash.
Na história, Amy é raptada por Metal Sonic, fazendo com que Sonic deva salva-la (ja vira mesta história em algum lugar ?). Sonic deve sair através das fases, coletando as 7 Times Stories, para salvar Amy e derrotar Robotinik.




Os títulos de Sonic foram portados muitas vezes para o Master System, com gráficos reduzidos, e jogabilidades alteradas. Sonic Blast foi lançado para o console, sem muitas diferenças, em exceção de seu pontencial reduzido.

Com o declínio do Mega-Drive, Sonic  só ganhou uma nova versão com o novo console Dreamcast.

Em Sonic Adventure (originalmente chamado de Sonic RPG, apesar de não ser um RPG), lançado em 1998, o jogador controlava Sonic a partir de um controle livre através de fase, parecido com Mario 64. O jogador também podia escolher entre os outros diversos personagens, entre Tails, Amy e novos parceiros.
Sua recepção foi muito boa, criando muitas expectativas nos jogadores, e recebendo nota 38 de 40 pela revista Famitsu. Porém, o Dreamcast não durou muito tempo devido ao mercado estar adaptado pelo Playstation, e acabou caindo no esquecimento. Sua sequência, Sonic Adventure DX: Director's Cut quase não é lembrado.

O que muita gente não lembra (mas devido a um velho nerd como eu possuir lembranças) é do jogo de luta de Sonic lançado para o fliperama. Chamado de Sonic Championish, o jogador podia escolher entre diversos personagens do Sonic Team, batalhando em uma plataforma 3D, com diversos ataques especiais.
Para quem morou na região de Interlagos, em São Paulo, talvez conseguiu a oportunidade de jogar pessoalmente o fliperama no Shopping SP Market, perdendo diversas fichas até encerrar o jogo (assim como  eu fiz).





Em 2001, os estilos de jogos de Sonic começaram a mudar. Agora, os personagens possuíam vozes e habilidades únicas, diferentes um dos outros.
Em Sonic Advance, os desenvolvedores tentaram trazer de volta as jogatinas originais de Sonic, se parecendo muito com versões de Super Mario All-Stars, desagradando os fãs em diversos pontos. As sequências Sonic Advance 2 e Sonic Advance 3 foram lançadas, mas sem sucesso.

Ainda para o Gameboy Advance, Sonic Battle foi lançado como um jogo de luta diferente dos outros. O jogador controlava os personagens de Sonic através de batalhas em arenas, em uma jogatina isométrica, cada qual com habilidades especiais. Um novo personagem Robo foi apresentado, que ganhava experiência e subia de level ganhando as batalhas, onde o jogador podia customizar seus golpes e habilidades, ganhas através das lutas.




Na geração GameCube e Playstation 2, as versões de Sonic se modificaram cada vez mais, recebendo diversas críticas dos fãs, contendo desde um Sonic corredor de skate voador até um Sonic Lobisomem. Desde o lançamento destas versões, não houveram versões que chamassem tanta atenção quanto os jogos antigos. Seus jogos tiveram mudanças frequentes para tentar se acertar em um estilo único, mas sem sucesso.

Na atual geração, Sonic 4 foi lançado com a proposta de voltar ao gameplay antigo. Seu anúncio foi aceito com muita alegria, disponível para download nas redes dos console de nova geração. Algumas críticas surgiram quanto a jogabilidade, reclamando quando a física imposta no jogo, ou a forma como Sonic trafega na fase.





Sonic também foi lançado para a TV e para os mangas. Para quem assistia o canal Jetix no Brasil, deve se lembrar de Sonic X, o anime de Sonic, com uma música de encerramento viciante.




Sonic esta fazendo 20 anos, e não podemos deixar de parabenizar a criação de um personagem tão carismático e puro, que ajudou a construir o caráter de diversos jovens e jogadores retros, assim como este velho que vos fala.



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